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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Porque não há justiça no mundo? Porque há tanta gente vivendo nas ruas se há tanta casa construída? Porque tanta gente passa fome e ao mesmo tempo tanta comida é jogada fora?

Porque crianças sentem frio se no meu guarda-roupa tem tanta roupa que não uso? Porque lutam tanto pelo poder se o mais importante já nos foi concebido naturalmente?

Vivendo e não aprendendo, não entendendo. Estamos agora impregnadas de moscas e urubus em nossa carne. Me exorcize, me liberte. É tão veloz e feroz a lei da vida que os homens constroem… O tempo tem rastejado na miséria e sempre há tempo pra nascer, pra crescer, sentir dor, rancor e a morte. Estou presa num desmoronamento de terra sem poder escapar da realidade. Siga em frente, siga em “frente” como se nada importasse. Quanto tempo nós podemos sofrer? Até onde vai o seu limite?

Abra os olhos, olhe pro céu e implore socorro. ‘Deus’ é mau. ‘Deus’ é cruel. ‘Deus’ é você. Se alguém encontrou um sentido pra vida, chorou por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo. O futuro me assombra, me faz perder minha mínima lucidez. Porque tanta gente sofre sem ter feito nada de mal a ninguém, outros, usam de golpes baixos e passeiam de avião comendo caviar. Não há justiça no mundo, não há a quem recorrer, não há mais salvação, só há resignação. Comece por abjurar daquilo que não tem uma finalidade útil e que só é encarregada de te alienar. É possível que o mundo se livre do vicio do drama?

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